XII Simpósio Internacional de Arte do Feital

 

29 de Agosto a 26 de Setembro de 2011 – Feital (Trancoso)

convite simpósio 2011

O Simpósio Internacional de Arte do Feital (SIAF) é uma residência artística que se realiza desde 1995, onde artistas plásticos portugueses e estrangeiros, a convite da escultora Maria Lino, trabalham sob a temática do Desenho, numa relação estreita com a aldeia e a natureza, constituindo-se como um espaço de criação e reflexão, aproximação e partilha de experiências entre artistas de diferentes culturas e nacionalidades.

Para esta edição do Simpósio, com o subtítulo Olha para a forma, foram convidados os artistas: Alberto Carneiro, Carl Vetter, Doris Cordes-Vollert, Gagel, Inken N. Woldsen, Mariana Fernandes, Mónica Nunes, Sibylle Badstuebner-Groeger, Telma Santos e Tiago Oliveira.

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Criação artística

Primeira, segunda e terceira semanas

Desde sempre foi e é o desenho o meio de expressão mais próximo e mais pessoal para as impressões visuais, para ideias conceptuais ou para sensações momentâneas. Na maioria das vezes são os primeiros esboços, notas, rascunhos, planos, em que se fixam composições ou detalhes e que segundo a composição tradicional se reservam para uma composição posterior na pintura ou na escultura. Porem, na arte contemporânea, os desenhos, mesmo quando servem de suporte conceptual a outros meios de informação, são vistos cada vez mais como trabalhos independentes.

A paisagem e a natureza à volta da aldeia do Feital, formadas e desenhadas durante milénios pela chuva e pelo sol, constituem a fonte de inspiração para os trabalhos dos artistas que participam nestes simpósios, que aqui encontram variadíssimos estímulos, descobrindo os sinais da paisagem, captando-os e deixando-os transparecer na sua arte.

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Exposição

Terceira semana (10 a 17 de Setembro)

A partir da terceira semana, o simpósio abre as suas portas ao público em geral, que poderá visitar o Atelier “Temos Tempo”, onde já se encontram expostas algumas obras entretanto concluídas, bem como conversar com os artistas do simpósio. Para um público ainda mais alargado, é disponibilizado um diário on-line, actualizado pelos próprios artistas participantes e acessível pelo sítio de notícias da Luzlinar na internet (www.luzlinar.org), onde será possível seguir o dia-a-dia do simpósio, observando a natureza e evolução dos diferentes trabalhos.

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Conferências

17 de Setembro

PERCURSO PELO LIVRO "A CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA"

Por Marta Traquino

"No final da década de cinquenta do século XX abriram-se caminhos para formas de expressão artística que, recusando os modos convencionais de produção de arte, privilegiaram um "olhar em volta" trabalhando em relação directa com o contexto social. (...) Propunha-se, assim, redefinir a relação da arte com a sociedade e o papel do artista que deveria ser entendido enquanto agente cultural, enquanto força social activa.
É nesta época, no seio da procura de estratégias de fusão entre a arte e a vida, que nascem válidas metodologias para criar uma arte que revela, questiona e redefine a nossa relação com os lugares. Algumas das práticas artísticas que então surgiram neste âmbito, quatro décadas depois, são substracto dos meios de expressão e métodos de trabalho eleitos por recentes gerações de artistas. (...)"

O CAMPO EXPANDIDO DA ESCULTURA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DO DESENHO NO ENSINO ARTÍSTICO UNIVERSITÁRIO

Por Helena Elias

Nesta comunicação discutem-se as potencialidades das práticas artísticas baseadas nos conceitos de ”campo expandido da Escultura” e ”desmaterialização do objecto artístico” para o ensino do Desenho nos Cursos de Escultura. A aplicação destes conceitos, no desenho, serve como enquadramento metodológico ao desenvolvimento de exercícios e projectos específicos. Apresentam-se algumas das actividades realizadas no decurso do primeiro ano de um projecto de investigação sobre este tema. O processo criativo conducente aos trabalhos apresentados concretiza a expressão referida por Krauss através do “campo expandido do desenho”. Ampliam-se assim as possibilidades de experimentação dos alunos, nomeadamente no que concerne propostas extensíveis ao espaço tridimensional. Desta forma julga-se contribuir para o enriquecimento dos conteúdos do Desenho e promover novas formas de construção do conhecimento no ensino da Escultura.

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Formação artística

Quarta semana (18 a 26 de Setembro)

Este segmento, inteiramente dedicado à emergência artística, pretende desenvolver uma actividade de índole reflexivo-prática com base nos trabalhos que estiveram a ser desenvolvidos anteriormente. Têm a orientação de João Castro Silva, artista e professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e vai receber dez artistas emergentes.

Pretende-se reunir, numa primeira fase, um mesmo grupo de artistas consagrados e emergentes numa partilha de experiências. Para lá da visualização ”in situ” dos trabalhos decorrentes do Simpósio haverá lugar à apresentação individual de todo o processo criativo que originou as obras agora expostas.

Numa segunda fase as obras realizadas durante o Simpósio servirão como referências de estudo para o desenvolvimento de novos trabalhos de índole escultórica. Os artistas emergentes participantes desenvolverão individualmente os seus trabalhos dentro dos limites temporais e exigências matéricas previamente definidas. Para lá da criação de um ambiente introspectivo de estímulo à criação artística, esta actividade fomenta a oportunidade de um contacto efectivo entre obras e artistas de várias gerações e territórios. Pretende-se uma comunhão de saberes e experiências no sentido da procura de novas linguagens e novas formas de pensar/fazer dentro do panorama artístico português e internacional.

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Oficinas

Quarta semana (9,20 e 21 de Setembro)

Três dias integralmente dedicados à comunidade escolar, para uma actividade que designamos por “Descobrir as formas através do gesso”, com a orientação das artistas emergentes Mariana Fernandes, Raquel Cândido e Sofia Campaniço. O gesso é um material usado na escultura desde a antiguidade! É maioritariamente abordado como material de “transição” através da concretização de moldes. Mas o gesso também nos permite retirar belos decalques do mundo físico que nos rodeia. Pretende-se fazer uma abordagem simples e criativa deste material, procurando na moldagem o próprio resultado artístico.

 

cartaz x  cópia1

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